o caminho
é um espaço
que nos leva a outros lados
ele promete e potencia
eu não quero ficar em lado nenhum, caminho
o que eu quero é andar em ti
ir ao mar em dezembro
responsabilidade
o cinema ensinou muita coisa boa
a beijar, por exemplo.
mas também ensinou muita coisa má
a fumar por exemplo.
vantagens que o cinema trouxe até nós
conhecemos muitas
eis algumas coisas para as quais o cinema contribuiu e que seria bom que o cinema moderno tentasse inverter:
- o apreço pela espuma, coisa que nada lava e tudo polui
- o apreço pela decoração, que é uma coisa que fica bem nos filmes mas mal na casa das pessoas. uma casa decorada significa pouca vivência dela e muito dinheiro e tempo gasto apenas em aparências. e já se sabe que aparências não garantem felicidade. alguém tem que mostrar isto às pessoas. as novelas fazem-no pela negativa, o cinema devia fazer pela positiva.
- o apreço pelas pessoas bonitas. quem já decidiu passar o resto dos dias ao lado de uma pessoa bonita sabe do que estou a falar. e os outros também sabem do que estou a falar. por isso se todos sabemos do que estamos a falar......
no fundo só se trata do cinema mudar a sua atitude no que respeita às aparências, já que o cinema é ele próprio uma aparência em si mesmo. fiquemo-nos por essa, e usemo-la, porque nós sabemos que as aparências impressionam. Oh se...
histórias da minha vida (1)
Verifico com gáudio que, aos 23 anos, já reúno no meu acervo um considerável número de histórias que dão que pensar. Que a mim me dão que pensar. Quero contá-las.
Esta passou-se em Bordéus (algumas das minhas histórias são passadas em lugares longínquos).
Eu e uma amiga minha dinamarquesa (mais internacionalizações...) passámos uma semana de férias entre duas semanas de trabalho árduo nas vindimas. Foi uma semana agradável em que não tivémos que nos esforçar, tinhamos um apartamento à nossa disposição - emprestado - e dinheiro na carteira ganho da forma mais saborosa - trabalhando com suor.
Tentámos visitar museus mas encontrámos uma loja em liquidação completamente total - nem eu nem ela gostamos de gastar muito dinheiro em roupa, mas como qualquer outra rapariga até gostamos de ir às compras. Entrámos e andámos por lá a ver coisas, cada uma para seu lado e logo a seguir encaminhámo-nos uma para a outra a rir:
- Olha estes calções custam... 30cts!
- E esta camisola custa 70cts!!
Uma loucura. Havia montões de roupas e montões de mulheres.
Comprámos várias coisas mas isso não interessa para nada. Nada do que eu contei até agora interessa para alguma coisa. O que conta para alguma coisa é o que eu vou contar agora:
De entre as mulheres que compravam havia várias indianas. De entre as roupas à venda havia uma secção de vestidos de noiva. Vimos mulheres indianas a experimentar vestidos de noiva em liquidação total e a comprá-los por 20euros. ISSO A NÓS FEZ-NOS MUITA CONFUSÃO.
Como é que a duas raparigas que não ligam assim muito a roupas nem, penso eu, a casamento de sonho com vestido feito à medida e que custam várias centenas de euros, nos faz impressão uma cena daquelas? Na altura perguntei-me. Agora respondo-me.
O que faz confusão é a misturada. Indianas a vestir vestidos de casamento de estilo ocidental mas comprados em saldo com o tamanho disponível, só porque são do estilo que elas sonhavam ter e que para nós ocidentais verdadeiras não só são feios como o facto de serem adquiridos assim ainda lhes retira o último resquício de encanto. Para nós está tudo trocado. Para elas é um sonho ao alcance das suas carteiras. Quando nós sabemos que na Índia há casamentos verdadeiramente de sonho.
É que isto da trocas interculturais é mesmo lindo. Andamos mas é todos apaixonados uns pelos outros, ocidente pelo oriente e o oriente pelo ocidente. Mas tal como todos os apaixonados somos muito toscos e muito trapalhões nesta nossa aproximação. O fascínio é grande.
(.S')
sabiam que para ir para a esquerda, às vezes é preciso ir muito para a direita primeiro?
sabiam que a melhor maneira de parar alguma coisa é abusar dela primeiro?
esta e outras coisas são sabidas por algumas sabedorias, nomeadamente chinesas.
elas é que nos ensinaram que se aproveita a energia do golpe do adversário para nos defendermos dele.
podemos usar isto em tudo da nossa vida, desde as relações humanas, à gestão da nossa saúde, vícios, manias, intenções etc.
tenho 3 histórias contadas por uma grande amiga minha de infância que na minha memória, com o passar dos tempos, se transformaram em clássicos. acho que ela não lê o meu blog mas se ler, saberá a quem me refiro. estas 3 histórias ficaram-me de entre as 1OOO000oooººº... histórias que se ouvem na infância. na verdade são muito simples e à primeira vista não possuem nada de especial. mas o que é certo é que recorrentemente me lembro delas e a propósito das mais variadas coisas. pode ser que ainda conte aqui as outras 2. mas agora fico-me por esta.
Ela adorava tremoços. Era doida por eles. A mãe dizia-lhe que ela não devia comer tantos. Mas ela continuava sempre a querer comer muitos tremoços. Um dia conseguiu convencer a mãe a comprar uma saquilada deles. Comeu comeu comeu até não poder mais. Enjoou e desde aí nunca mais comeu nem um
tremoço.
Match me if you can
1.How much can you know about yourself if you've never been in a fight?
2.There are no little secrets.
3.Everyone wants to be found.
4.71% of the Earth's surface is covered by water. That's a lot of space to find one fish.
5.Part of every woman is a mother/actress/saint/sinner. And part of every man is a woman.
6.Here comes the bride.
7.A woman's heart is a deep ocean of secrets.
8.One person can change your life forever.
9.Whoever saves one life, saves the world entire.
10.The tunnel led Chihiro to a mysterious town
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a.Schindler's list
b.Lost in translation
c.Fight Club
d.A viagem de Chihiro
e.O fabuloso destino de Amélie Poulin
d.Kill Bill
e.Match Point
f.Titanic
g.Todo sobre mi madre
h.Finding nemo
Heaven is What
Heaven is what I cannot reach!
The apple on the tree,
Provided it do hopeless hang,
That "heaven" is, to me.
The color on the cruising cloud,
The interdicted ground
Behind the hill, the house behind, --
There Paradise is found!
desejo
olá
eu tenho a resposta para uma pergunta que muita gente se faz ao longo da vida.
queria partilhá-la com todos.
há quem se pergunte por que razão o ser humano passa a vida a desejar aquilo que não tem
e apesar de ir obtendo aquilo que desejava, ele continua a desejar mais.
bom, a razão é simples:
desejar é um verbo que se aplica apenas àquilo que não se tem.
desejar algo que se tem não é desejar, é gostar ou amar.
ora portanto, a desejar alguma coisa, só pode ser o que não se tem.
uma pessoa podia deixar de desejar
mas isso seria uma das duas:
atingir o tao
ou atingir a apatia
a primeira é desejável mas difícil
a segunda também é difícil mas de todo indesejável.
por isso... é na boa isso do desejar sempre o que não se tem... desde que seja com um sorriso nos lábios e outro no peito
china
que dizer sobre a CHINA?
o melhor é não dizer nada.
ainda está aqui dentro
quando ela sair daqui logo digo. tá?
amarelinhos
dzzzzzzzzzzzzah!
to Mr. President Barack Obama
Governing a large country is like frying small fish.
Too much poking spoils the meat.
When the * is used to govern the world
then evil will lose its power to harm the people.
Not that evil will no longer exist,
but only because it has lost its power.
Just as evil can lose its ability to harm,
the Master shuns the use of violence.
If you give evil nothing to oppose,
then virtue will return by itself.
*tao
translation of the Tao Te Ching of Lao Tzu by j.h.mcdonald, 1996
pequenas conversas II
amigos e cagarros
eu gostava que todos os meus amigos viessem ler com regularidade o meu blog
também gostava que o comentassem muito
faço-o com esse ideal
mas o que eu gostava mesmo era que todos os meus amigos tivessem um blog
que eu pudesse ver e ler
e assim senti-los melhor e aqui mais perto.
é que... as fotos do hi5 e do facebook e tal são só fotos - expressões faciais e/ou corporais
e nos blogs eu poderia ter contacto com expressões espirituais, sentimentais, intimistas, críticas, etc
gosto muito dos meus amigos e estou aqui no meio do atlântico
onde eles não me vêm bater à porta da cozinha
como fazem os cagarros.
procurem nas vossas costas
Estar Atento
Andar com a cabeça levantada.
Há notícias no vento e na luz
Informações nas esquinas
Ideias se revelam nos voos das aves
Dois sorrisos de velhotas
Um reflexo na água onde mergulha o caranguejo
O motor de um avião ao longe
Uma bicada de ave perdida na porta da cozinha
Pedras que absorvem água
Pedras que boiam
Vulcões adormecidos
Barcos com gambiarras festivas no escuro
Riscos de chuva à frente da árvore
Lagartixas de rabo cortado que são mais ariscas
Cães que uivam às ambulâncias
Malucos que riem nos caixotes do lixo
é maravilhoso
estar atento.
começou o inverno ontem em todo o hemisfério norte
adulto só fala merda
ensinamento animal
não te coles a nenhuma aparência
mas sê sensível ao que te rodeia.
Chamaeleo Calyptratus
li este ensinamento nos olhos deste animal mas gostava ainda de acrescentar algumas palavras minhas: a paisagem é tudo. A paisagem nunca é o resto. E então quando dizem "e o resto é paisagem" é que não faz mesmo sentido nenhum.
boa energia
Título do Post: A VIDA
Descobri que ninguém é melhor do que ninguém por aquilo que consegue fazer. Para muitos isto não é novidade, mas para mim, embora já tivesse formulado este pensamento, só há alguns meses é que eu senti que isso é mesmo verdade. Nem o Mozart é melhor do que o Toy.
Sentença esquisita, esta última. Obrigo-me a explicá-la:
Não há tempo para tudo. Não há tempo para sermos pais e trabalhadores e donos de casa e estudar e ainda por cima fazer isso tudo bem feito. E se por acaso houver tempo para isso não haverá tempo para mais nada. E ser melhor não é deixar de relaxar, de descansar, de ter momentos de lazer.
Na vida de adultos o que faz de nós o que somos é aquilo em que gastamos o nosso tempo. Já que em crianças gastávamos o tempo todo a viver (fazer coisas sem nome, acções sem verbo: era tudo brincar e brincar é viver). Em adultos, tudo o que fazemos tem nome: trabalhamos, estudamos, passeamos, limpamos, descansamos, divertimo-nos, lemos... etc). O que faz de nós o que somos são estes verbozinhos. Se não fazemos muitos verbozinhos somos preguiçosos, se fizermos muitos, somos activos, se só trabalharmos e lermos jornais, somos sérios, se só nos divertimos e passeamos somos vadios, etc.
Há duas coisas que nos impelem para estes verbozinhos: o gosto e a obrigação. O gosto não preciso de explicá-lo e a obrigação pode ter várias origens, mas normalmente são de sobrevivência: pão, saúde/higiene e aceitação social. Julgo que os que podem gastar mais tempo naquilo que gostam são mais talentosos nisso do que os outros. E á tão válido ser talentoso na música como noutra coisa qualquer*. Mas como é que se pode achar que alguém é mais talentoso do que outro alguém se por acaso este segundo não tem hipóteses de ter tempo para aquilo de que gosta e o primeiro tem dinheiro para pagar a alguém que faça por si aquilo que ele não gosta, e assim ter tempo para fazer o que gosta? Não é o tempo que é dinheiro, é o dinheiro que é tempo.
* Vamos agora ao asterisco, porque eu ostensivamente ignorei aqui todas as pessoas que gostam de gastar o tempo em prejudicar outras pessoas. Também ignorei que há pessoas que fazem coisas para os outros, e por isso são mais amadas, claro. Só que serem mais amadas não quer dizer que tenham mais valor.
O Mozart gostava de música. Ele brincava na música, a música era tudo para ele - vivia e sobrevivia dela. O Toy também gosta de música, não duvido, mas gosta mais de outras coisas, e isso vê-se logo. É claro que eu prefiro a música do Mozart, que é uma música que foi feita com toda a alma. O talento é a entrega e cada ser humano se entrega àquilo que escolhe.
Para fazer bem as suas escolhas é preciso, acima de tudo, estar atento a si próprio. E ao lugar que os outros têm dentro de si próprio.
sobre fazer cinema
Não quero para aqui dar lições sobre fazer cinema, porque em primeiro lugar não o sei e em segundo lugar se o soubesse não sabia como o ensinar e em terceiro lugar mesmo que até isso conseguisse o mais provável é que ninguém aprendesse. Não por algum de nós ser burro, mas porque as coisas boas raramente são passíveis de ser ensinadas. Por isso queria só lembrar uma coisa, pois estou certa quem quem se lembrar sempre daquilo que eu vou aqui dizer já se sentirá mais amparado nas suas escolhas...
O cinema é ter numa sala um grupo de pessoas - e ainda que seja só uma - sentadas em cadeiras, na escuridão, com todos os seus sentidos postos no filme. Não, o cinema não é design, que encaminha as atenções das pessoas para coisas mais ou menos úteis, nem fotografia impressa numa revista, nem quadro que se veja em pé numa exposição mal iluminada, nem livro que se leia na diagonal, ou desfolhando rapidamente as páginas entre os dedos. O cinema também não é filme que se veja na televisão, entre uma lata de coca-cola, um xixi e um telefonema. O cinema também não é um DVD que se compre ou se alugue e se tenha problemas com o menu, ou com as colunas, ou com a TV ou com o formato...
O cinema é ter a gente por algum tempo, totalmente entregue ao teu filme.
o Caos e o Cosmos
ontem, durante a minha hora de televisão semanal
tive uma experiência que se inseria perfeitamente no blog - duplas
mas como a quero explicar um bocadinho melhor... cá vai
eram 22h, na rtp.n e na sic.n estavam a "dar-lhe" na enorme crise que acertou mesmo em cheio no nosso "pequeno" planeta
a crise económica, com as bolsas a cairem pelo mundo inteiro (felizmente ainda não houve feridos)
depoimentos de pessoas muito importantes
todos com cara de caso, incluindo os pivots
fartavam-se de mostrar gráficos e indices e percentagens
as imagens que iam entretendo o espectador
cofres de bancos americanos até escritórios de grandes edificios e indices e mais números
eu por ali fiquei
entre um canal e o outro
a entrar no mundo, a tentar perceber o porquê da crise
e quando já estava mesmo cheio de informação
mudei para o odisseia
um rapaz com ar de ser humano, mergulhava ao largo de uma ilha
nadava com as tartarugas, enormes
apanhou uma, trouxe-a para terra no seu barquinho
foi até ao interior da ilha onde a trocou por um porco
Ureparapara in the Banks Islands
fresquinhas do mercado!
duas senhoras encontraram-se há 15 minutos à minha frente no mercado da horta
tinham os seus setenta anos...
uma delas, cabelos brancos bem penteados e baton vermelho diz à outra, mal a vê (mais gordinha, de óculos e caracóis cinzentos):
-esta noite sonhei que estava mais umas do nosso tempo numa festa num género de teatro fayalense. e também estavas lá tu!
-ai sim? todas nos teatros?
-não, tu estavas muito zangada por causa de não sei quê...
não pude ouvir mais...
as velhinhas - vi mais para além destas, por isso sei do que estou a falar - nesta manhã cinzenta estavam todas muito bonitas. as roupas delas têm texturas e padrões que ficam lindamente com estes dias.
coisas que se dizem
cada povo tem as suas expressões, que são influenciadas pelo modo de vida desse povo e que por meu lado também acredito que influenciem o modo de vida das pessoas
aqui na ilha do faial
as pessoas tratam-te por tu
naturalmente sem problemas
adoro isso
quem me dera fazê-lo sem um nozinho na garganta
hei-de conseguir
no continente diz-se "estou um bocadinho cansada"
aqui não
aqui diz-se "estou uma coisinha cansada"
"estou uma coisinha maldisposta", "esse tomate ainda está uma coisinha verde"
não é giro? gosto tanto...
"é forte maluco" - é muito maluco
"ela tem forte vontade" - ela tem muita vontade
"dei forte pancada com este braço" - dei uma grande pancada com este braço
e esta é muito engraçada: quando passeio com o Julião nas ruas da cidade e ele está a dormir algumas pessoas comentam: "tadinho, tá-se consolando!" :) acho que está é uma verdadeira expressão idiomática porque não há propriamente "tradução" é assim: está-se consolando. e está!
Globalização
Eles proibem tudo
Eles proibem tudo
e não deixam nada
Eles obrigam-nos a tudo
Eles obrigam-nos a tudo
e não deixam nada
.
Mais facil será satisfazerem-nos todos os Natais
Quando todos os lugares do mundo forem iguais
Poderemos ficar em casa, finalmente
a consumir descansadamente
Quando se anda sozinho na praia pensa-se
porque é que será que muitas vezes, quando estamos sozinhos, nos sentimos e nos comportamos como se estivéssemos a ser observados por um número considerável -mas apesar de tudo impossível de precisar- de olhos?
Quando se anda de bicicleta pensa-se
que muitos problemas políticos e não só
são consequência da ignorância, ou pelo menos da indiferença pelos seguintes factos
que as massas são o resultado da soma das individualidades
e que em toda a individualidade pesa a força das massas
extravasar
Há aqui na Horta, perto de nossa casa, uma casinha de um senhor. Sempre que por lá se passa podemos ouvir a missa em altos gritos, ou o Quim Barreiros, ou a Júlia Pinheiro ou qualquer outra coisa que nem sempre é bom ouvir em altos gritos. O volume do som contrasta com as dimensões da casa. Mínima, e com a porta aberta numa óbvia tentativa de respirar. Acredito que a gritaria não seja por o senhor ser surdo mas sim por essa necessidade de extravasar as paredes da sua casinha. Que importa se as pessoas da rua estão interessadas em ouvir... o que importa é sair, sair projectado daqui, entornar-mo-nos daqui para fora. Não é um senhor jovem que possa sair correndo até à praia e mergulhar. É uma forma diferente de o fazer, esta.
Assim os carrinhos que no continente se chamam mata-velhos ou papa-reformas abundam aqui, assapam pela marginal, muito quitados e com o tum-ts-tum a bater tão rápido quanto o seu coraçãozinho de carrinho pequenininho.
Engraçado não é? Acho que deve ser por a ilha ser pequenina e por não conseguirem pôr a caldeira a cantar o Hino dos Açores ao atlântico inteiro... cada um à sua escala!!
reconheço logo existe
Sei quando as pessoas querem alguma coisa
Hei-de estar mais atenta
Sobre os comunistas, revoluções e outras ilusões.
Se o povo não se revolta é porque não está revoltado.Se o povo não está revoltado é porque não está descontente.Não é bom sinal o povo não estar descontente?Para os comunistas não. Para os comunistas, um povo que não se revolta é um povo oprimido (na melhor das hipóteses), ou estúpido (e esta ainda não é a pior hipótese).Para os comunistas a revolução parece ser o fim em si mesmo. Nas suas cabeças pintam a tinta vermelha eternos cenários de gritaria e punhos estendidos, estandartes, canções, marchas e megafones. O pós-revolução será sempre, para um revolucionário, uma desilusão. Seja qual for o resultado que ela origine, será um resultado pós-coital de sabor amargo.
E o único refúgio é continuar a pensar naquela profetizada revolução, a única, a verdadeira, a libertadora. E até lá (até à morte) é ir dando o gosto ao dedo fazendo umas greves sindicais, cujos manifestantes foram levados de autocarro até Lisboa e que no mesmo dia voltam de autocarro para as suas casinhas. Porque ela foi profetizada, ela foi profetizada... a luta continua, o sonho continua...
Para os judeus sempre houve a profecia do Messias, o salvador. Quando Jesus apareceu, houve quem achasse que era ele e outros que preferiram continuar a sonhar. Os primeiros passaram a ser cristãos, os outros continuaram a ser judeus. A quantidade de sangue que jorrou dessa divergência deixa qualquer um sem palavras. Já viram a força que tem um sonho? E todas as cabeças têm os seus.
Pela sua potência, os sonhos deviam ser sonhados mas pouco alardeados. São preciosos, a vida vive deles... mas eles não são nem podem ser a vida.As alterações sociais (e quaisquer outras alterações) que se produzem ao ritmo e ao som do cantar dos pássaros são bem mais seguras e aconchegantes do que as que são feitas a som e ritmo de megafone. Mas este é o meu sonho e talvez eu devesse calá-lo.
A História é Controversa
e disso ninguém tem dúvidas
aliás, qualquer coisa com mais de um mês, por se começar a diluir na memória, torna-se rápidamente controverso e motivo de discórdias. e não estou a ter em conta os historiadores (escritores da história) terem já a memória toda baralhada pelos cabelos brancos - infelizmente a história não é escrita pelas crianças, nem pelos leões
porque é que todos recordamos os mesmos personagens do passado?
porque é que há apenas duas visões? os bons e os maus, os maus e os bons?
para mim a culpa é dos livros
porque o que é lido é tido como certo, e o que é decorado (como todos o fizémos por disciplina em história) é tido como sabido
Venho por este meio propor que a História seja escrita por imagens
filmadas ou desenhadas, fotografadas ou recortadas
havendo várias visões, haverá uma realidade!
talvez um pouco cubista...
e por isso a controversia pode finalmente aumentar e tornar-se interessante
estar atento
olá pedro!
Olhem que sabe bem
e mais que bem
encontrar um blog de um amigo
e gostar-se tanto que se vem rever o nosso
para perceber o que é que estava mal
e com a inspiração recebida tentar melhorá-lo!
http://o-calor-e-humano.blogspot.com/
eu devia poder ler uma expressão assim
vinda de todas as pessoas que conheço!
A Galeria de Van Gogh
o bom e o melhor
VIVA - O - PICO
(este vem fresquinho, é de hoje)
e quando o espírito se nos ensombra
ou a raiva cresce sem razão
não há como erguer a vista
e o Pico nos acode em salvação
o lirismo copio-o dos livros
as palavras do viver
mas o que mais me impele nisto tudo
é toda esta beleza que me quer morder"qualidade literária duvidosa mas com conteúdo sentimental aparentemente autêntico"
o cinema do cotovelo oeste
Canção de como salvei a minha tia Sara de um resfriado nas extremidades
Comunicado ao mundo
que dizem que o antes é que era bom
não sabem concerteza que
aquilo que somos hoje
é resultado do que fomos ontem.
Publique-se.