às vezes

o estado enervado de uma pessoa aumenta a um ponto que quase parece sem retorno
outras vezes a preguiça deixa cada músculo do corpo e da mente num estado que parece eternamente vegetativo

mas na maior parte do tempo estamos semi-rígidos, semi-activos, parcialmente atentos, moderadamente confusos, um pouco cansados mas com forças para continuar; capazes de sorrir e de censurar, de esquecer e de lembrar, sem ressentimentos à flor da pele e sem gratidões especialmente sentidas.

essa maior parte do tempo esvai-se sem que nos recorra em lembranças mais tarde.
essa maior parte do tempo é a vida.

e ela é a resposta para estas perguntas da Björk:

"His embrace, a fortress
It fuels me
And places
A skeleton of trust
Right beneath us
Bone by bone
Stone by stone
If you ask yourself patiently and carefully:
Who is it ?
Who is it that never lets you down ?
Who is it that gave you back your crown ?
And the ornaments are going around
Now they're handing it over
Handing it over
He demands a closeness
We all have earned a lightness
Carry my joy on the left
Carry my pain on the right
If you ask yourself patiently and carefully:
Who is it ?
Who is it that never lets you down ?
Who is it that gave you back your crown ?
And the ornaments are going around
Now they're handing it over
Handing it over"

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